Sentado na velha mesa de madeira
está Hugo. Há três anos este ritual era iniciado pela primeira vez. Ele fez
questão de sentar aonde talhou com um velho prego enferrujado seu nome e o de
Ana. Sim! Ana é o único motivo que faz Hugo voltar todos os anos a este
acampamento. Se não fosse por ela jamais voltaria.
Ele fica ali sentado, observando as meninas
que entram pelo salão principal a procura de Ana. Desde a primeira vez que Hugo
a viu ele sabia que ela era especial. Hugo nunca teve muitos amigos, no acampamento
Castor não foi diferente. Acostumou-se tanto a ser ignorado que nem percebe que
é invisível para o mundo. Mas para Ana não, ela é diferente, ao vê-lo sentado
na mesma mesa de madeira aonde se conheceram, a garota corre em sua direção e
se senta oferecendo-lhe um grande sorriso.
O sorriso de Ana é o que mais
agrada Hugo. É como um remédio para todas as suas dores, como se todo o resto
do ano não tivesse existido, só este momento quando a vê. As coisas se tornaram
assim desde que se conheceram. Para ser mais exato desde o incidente na floresta!