Da sacada de seu apartamento
Humberto tragava uma de suas promessas da ultima virada de ano. Assim como
jogos de azar, prostitutas e whisky, o cigarro também era um dos itens não
cumpridos de um extenso pacote de medidas para um ano melhor. Que obviamente
não vieram a acontecer. Mas de todas as promessas não cumpridas a que de fato
lhe amargurava era não ter alguém para dividir a passagem de ano mais uma vez.
Foi então quando os fogos
romperam no céu anunciando o primeiro segundo de um novo ano, sua campainha
tocou. Espantando ele foi vagarosamente equilibrando um cigarro na mão e um
copo de whisky na outra. Abriu a porta desajeitado e deparou com um verdadeiro
presente de ano novo.